Sermões & Palestras

Sermão 5
       

                      DESTRUINDO GIGANTES – GIDEÃO

Por: Moisés ReisBaseado em Juízes 6:1-16 

O que seria um gigante?
O Aurélio diz que, “homem de elevada estatura; animal ou coisa de grande porte.” Eu gosto mesmo da quando define: enorme, gigantesco.
Os midianitas, não eram seres de elevada estatura. Mas, para Israel, eles eram simbolicamente um gigante enorme.
Usando essa terminologia de forma metafórica, o gigante pode ser uma enfermidade (depressão), pode ser uma perseguição (bullyng), pode ser um descontrole financeiro (dividas), pode ser seu temperamento (mau humor), pode ser um vício (alcoolismo), pode ser o mau uso do tempo (atrasado), domínio próprio (faz fofoca), pode ser a solidão (quer alguém). Todos nós temos um, dois, três ou um exército de gigantes.
Alguns personagens da Bíblia também precisavam destruir seus gigantes:
Jó – precisava destruir angustia de perder seus filhos tudo de uma vez e os incômodos tumores.
Noé – pregava para uma geração que não quis saber de se salvar.
Davi – eram vários gigantes (Golias foi gigante real). Mas, destruir o gigante da perseguição que Saul fazia era complicado.
Ana – sua esterilidade parecia gigantesca a cada filho que nascia de Penina.
Moisés – o Faraó era “problema” pra Deus. Seu gigante era um povo rebelde “jogando” contra.
Abraão – sair sem destino, sendo muito rico.
Sunamita – encarar a morte de um filho vencido pela fome.
A Mulher Hemorrágica – seu gigante era vencer uma multidão pra tocar em Jesus.
Ester – seu gigante não era a forca de Hamã, nem o decreto do rei. Seu gigante era adentrar na presença de Assuero sem agendamento prévio.
José – seu gigante era o tempo. Parecia que não passava.
Thomas Edison – seus gigantes eram o descrédito e desconfiança. Ele patenteou 2.332 invenções, entre elas a lâmpada elétrica incandecente.
Madre Teresa – seu gigante era a desigualdade.
Nelson Mandela – seu gigante é a segregação racial.
Airton Senna – seu gigante parecia ser o medo. Ele possuía vários gigantes: Allan Prost, Nigel Mansell, Schumacher, sua timidez, a chuva, um carro sem as marchas.

QUEM ERAM OS MIDIANITAS?
- descendentes de um dos filhos de Abraão;
- ocuparam a parte do oriente, que compreendia a parte desértica Síria, a oeste da Árabia;
- um grupo de midianistas compram José, a esposa e sogro de Moisés eram de uma família midianita (aqui foi a última relação amigável);
- Os midianitas era um bando de saqueadores.
- eles se associaram com os moabitas e contrataram o profeta Balaão para amaldiçoar Israel;
- eles praticavam a imoralidade como parte de sua religião idólatras;
- os guerreiros de Midiã invadiam as terras dos israelitas, montados em camelos. Uma inovação pra época;
- durante 7 anos Deus permitiu que eles devastassem as terras do povo hebreu. Deixando-os na mais extrema pobreza;
Não precisa ficar encolhido com medo. Você pode derrota-lo. Posso? Pode! Não podemos querer enfrenta-lo sozinhos. Jesus é seu aliado nessa batalha. Que tal? Quem tem Jesus, tem a vitória assegurada. “Você só tem TUDO!”
Hoje veio à igreja pra receber poder de Jesus pra destruir os gigantes da sua vida. COM JESUS, VENCEREI O MEU GIGANTE.
Gideão: Seu nome significa, batedor, lenhador.
Era lavrador. Foi juiz em Israel, era filho de Joás, da tribo de Manassés.
Ele era considerado um homem, era um tanto covarde, tímido e humilde, o qual Deus usou poderosamente.
Gideão serve de grande ânimo para os que tem dificuldades em aceitar a si mesmos.
Dizia ser o menor na casa de seu pai. Mais uma declaração de inferioridade a si mesmo. Se sentia rejeitado!
Livrou o povo da opressão dos midianitas. Tornou-se um conquistador.
Na época de Gideão, Israel havia abandonado o SENHOR e estavam adorando à Baal.
Israel tinha dificuldades de abandonar as influencias religiosas de nações vizinhas, ou mesmo do próprio Egito.
Em julho de 2013, em Angola tive a oportunidade de constatar como é nascer numa cultura religiosa mística. Adorando a vários deuses e espíritos. As pessoas se convertem ao cristianismo, mas dificilmente conseguem matar suas raízes em tais práticas.
 A DOUTRINA 11 dos Adventistas do 7º. Dia, cremos que pela morte de Cristo na cruz, Jesus triunfou sobre as forças do mal. Tendo subjugado qualquer espírito demoníaco. Através dele somos todos de nossas ações passadas.
A obediência ao Senhor constrói o caráter, mas a desobediência destrói o trabalho que Deus pode fazer na vida de seus queridos filhos.
Deus fala aos seus filhos pela voz amorosa das Escrituras ou pela mão pesada da disciplina, e, se ignoramos a primeira, temos de suportar a segunda.
O chamado de Gideão se dá quando ele malhava o trigo, para esconder dos saqueadores.
Falou com Deus, mas não creu em Deus. Precisamos hoje obedecer a Deus pela fé!!!
Sua primeira missão foi derrubar o poste-ídolo de seu pai e o altar.
O QUE É POSTE-ÍDOLO?
Poste-ídolo era o nome dado a uma imagem feita em homenagem a Aserá, considerada pelos cananeus como sendo a "deusa-mãe". Normalmente, essa imagem ficava exposta junto à de Baal, "o deus da promiscuidade". "Os filhos de Israel fizeram o que era mau perante o Senhor e se esqueceram do Senhor, seu Deus; e renderam culto aos baalins e ao poste-ídolo." (Juízes 3.7). Feita do tronco de árvores, essa imagem se parecia muito com o membro sexual masculino.”
As pessoas de sua cidade queriam mata-lo por tal afronta. A ação rápida de seu pai o livrou da morte.
Que tipo de Deus é Baal que nem consegue se defender. Deus havia trabalhado no coração de Joás para não fazer mal a Gideão. No meu filho ninguém toca. Se passar pra vai ter que se ver comigo. Baal não é deus, deixe o se defender.
Era sangue do seu sangue. Sua defesa era por princípios celestiais. Muito mais que defender seu filho ele defendia sua esfarrapada fé. Defendia Deus, o único a ser adorado no universo. A coragem que ele não tivera, seu filho, mesmo que por um instante; fez o que era certo.
Gideão estava certo de que morreria.
TESTE: lã molhada X terra seca ------ terra seca X lã molhada
O QUANTO VC CONFIA NO SENHOR? Nós nos redemos muito mais vezes a morte do que aos inúmeros chamados de Deus. Explico: Deus fala com a gente na Bíblia, meditações matinais, Lição, sermões, semanas especiais, uma música especial e nós não mudamos de vida. Agora quando alguém morre é diferente. Se teu pai morrer vc vai dizer que não deveria ir para balada com os amigos, se é um filho vc diz que não foi uma mãe exemplar, não dedicou tempo, o pai diz que trabalhou de mais e não passou tanto tempo assim. Daí vem as promessas eu vou mudar! Eu vou ser diferente! De hoje em diante vcs vão ver. Tem gente que diz: vou voltar pra igreja!!!
Cuidado ao por a lã no relento. Deus pode dar o que vc está pedindo.
Quando Deus chama não ouve. Quando a morte chega, se propõe a mudar de vida!!

A CONVOCAÇÃO DOS SOLDADOS
135.000/32.000  = 4 por 1
135.000/22.000  = 6 por 1
135.000/300 = 450 por 1
Com trezentos guerreiros traziam tochas em uma mão e trombeta na outra. Para destruir os gigantes da sua vida, toque trombetas.
Os inimigos ficaram desorientados e passaram a se matar uns aos outros.
Antes de nos dar grandes vitórias em público, Deus vai nos dando vitórias menores em casa.
O povo lhe ofereceu o trono; ele recusou e ainda disse que seu filho também não seria rei.
Aceitou jóias e fez uma estola sacerdotal. Essa estola se tornou veículo de adoração.
Seu nome é encontrado na galeria da fé de Hebreus 11:32

CAMINHOS PARA DESTRUIR OS GIGANTES DA VIDA
1). Tem que ter um inimigo e saber quem ele é. As vezes nem temos uma batalha. Mas, se houver guerra declarada...
2). Coragem: para alguns é herdada, passa de pai pra filho. Para outros, ela é adquirida. Dependendo da circunstância a adrenalina entra na corrente sanguínea....
3). Estratégia: estudar o adversário/gigante. Tem que ter uma boa tática de ataque.
4). Armas: se a batalha for espiritual a Bíblia é uma arma suficiente para o combate (Está Escrito)
5). Aliados a pessoas que te amam, e que estejam dispostas a morrer, não com vc. Mas, morrer por vc.
6). Perseverança: é uma boa tática de guerra. Nem sempre o inimigo você derrubará na primeira pedrada.

Bibliografia:
1.      Quem é Quem na Bíblia, p. 243
2.      Dicionário Ilustrado da Bíblia, editora VIDA
3.      Dicionário da Língua Portuguesa, Aurélio B. H. Ferreira

4.      Comentário Bíblico Expositivo, Warren W. Wiersbe          


Sermão 4

VARRENDO PARA BAIXO DO TAPETE


Por: Moisés Reis
Baseado em II Samuel 10, 11 e 12
Quem aprendeu desde cedo ajudar em casa com afazeres domésticos, automaticamente aprendeu também realizar tarefas no menor espaço de tempo para voltar a brincar. Lembro muito bem, quando criança, tinha que varrer o quintal (o terreiro), mas em vez de depositar o lixo nos recipientes e locais indicados por minha mãe, eu tomava alguns atalhos que deixavam minhas tarefas realizadas num tempo bem pequenininho. Uma vez durante a ventania que anunciava um temporal, as folhas secas começaram a brotar dos meus esconderijos. E minha mãe dizia: “Isso não vai prestar.” “Serviço mal feito é assim....”
Um amigo meu, se achando muito mais esperto, disse que quando varria casa, deixava o lixo embaixo do tapete. O esperto tomou uma surra da mãe dele quando foi descoberto.
Pecado tem muitas conotações. Outro dia li em um livro uma lista interessante:

 “As dez maiores mentiras de todos os tempos.”

10º lugar: Eu te ligo.
9º lugar: Vou trabalhar até tarde hoje.
8º lugar: Tenho...(põe 5 anos a menos).
7º lugar: Estou com...(põe 5 quilos a menos).
6º lugar: Pode deixar, eu tomo conta.
5º lugar: Não é você. Sou eu.
4º lugar: Prometo que não conto pra ninguém.
3º lugar: Fiquei preso no trânsito.
2° lugar: Vamos almoçar qualquer dia desses.
1º lugar: CONFIE EM MIM.
Para nossa reflexão, vejam o que Paulo apresenta sobre o pecado: “O salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus.” Romanos 6:23
No hebraico o verbo é Yâtâ: Errar o alvo, não alcançar algo, Fazer mal, ofender, ser culpado, pecar.
No grego o verbo é Hamartía: Errar o alvo; pecar.
A palavra pecado pode ser ainda: maldade moral, transgressão, rebelião contra as Leis de Deus, perversão do coração.
Confira algumas definições da palavra pecado, encontradas no Dicionário Ilustrado da Bíblia (Editora: Vida Nova):
 #A transgressão pode ser em pensamentos, palavras ou atos.
# Ninguém está livre de se envolver com o pecado.
# Pecado é a rebelião das criaturas contra a autoridade de seu Criador.
# O pecado é uma contradição à santidade de Deus, em cuja imagem fomos criados.
# Sem comunhão com Cristo, todos estão mortos nos seus delitos e pecados. 
Mude esse símbolo # por outro. Eu não mudei porque a escolha deve ser sua.
A Bíblia apresenta a palavra pecado como: culpa, iniqüidade, transgressão em 51 vezes no Antigo Testamento e 71 vezes no Novo Testamento. Totalizando 122 vezes essa expressão.

SELEÇÃO DE TEXTOS BÍBLICOS QUE FAZEM REFERÊNCIAS A PALAVRA PECADO

                       Davi após ter recebido o profeta Natã
Salmo 51: 3 – O meu pecado está sempre diante de mim.
                  51: 5 – Em pecado me concebeu minha mãe.
           51: 9 – Escondes o rosto dos meus pecados e apaga todas as minhas iniqüidades.
                        Profecia de Isaías quanto ao Messias
Isaías 53: 12 – Foi contado com os transgressores; contudo, levou sobre si o pecado de muitos.
                           O Senhor faz uma nova aliança com Israel
Jeremias 31:34 – Pois perdoarei as suas iniqüidades e dos seus pecados jamais me lembrarei.
                        Em sonho um anjo fala com José
Mateus 1:21 – Seu nome será Jesus, porque Ele salvará o seu povo dos pecados deles.
                    João Batista dá testemunho de Jesus
João 1:29 – Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.
                    Jesus ao defender sua missão e autoridade
        8: 34 – Todo que comete pecado é escravo do pecado.
                                 Paulo exorta sobre o livramento do pecado através da graça
Romanos 6:14 – Porque o pecado não terá domínio sobre vós; ....  
                        1ª carta de João
I João 3:4 – O que pratica pecado transgride a Lei, porque o pecado é a transgressão da Lei.     
           3: 8 – Aquele que pratica o pecado procede do Diabo, porque o Diabo vive pecando desde o princípio.
Satanás se utiliza de três frases para nos fazer pecar:
Só um pouquinho! Ele nunca dirá para você tomar um copo cheio de bebida alcoólica. Ele nuca dirá fume esta carteira de cigarros agora. Será aos poucos. Um gole, um trago e assim por diante.
Só uma vez! Para toda e qualquer situação ele o enganará dizendo isso. Pena que será sempre assim: uma vez; uma vez; uma vez; 10 anos acreditando que será só uma vez.
Ninguém está vendo! Há pessoas que olham muito bem para frente, para trás, para os lados e acreditam que não são vistas. Ao se esquecerem de olhar para cima, já tropeçam na primeira tentação.
A história que escolhi para ilustrar este capítulo é a história do rei Davi quando se engraçou com a beleza da mulher de um de seus soldados. Quando somos crianças, ouvimos em casa e na igreja de um Davi sardento e ruivo cuidando de ovelhas e tocando sua harpa, ou o corajoso rapaz derrotando o gigante Golias. Não há nada de errado com isso. Mas existe um Davi do qual pouco falamos e por isso poucos conhecem.
 A verdade é que o monarca de Israel, Davi, estava derrotando as nações vizinhas. Eram filisteus, moabitas, amonitas, sírios e seus aliados, e muitos outros se tornaram vítimas das estratégias do rei Davi. Ele possuía um comandante hábil em batalhas e fiel as suas ordens. Seu nome: Joabe. Na função de comandante, Joabe estava com as topas próximo à cidade de Rabá. Era primavera, Davi havia ficado em Jerusalém, capital de seu reino. Numa tarde, possivelmente após uma refeição, não consegue pegar no sono. Ao se levantar, começou andar de um lado para o outro no terraço de sua câmara especial, ou seja, o terraço do quarto real. O rei estava de bobeira, não tinha o que fazer. Estava à toa. Se em sua agenda diária aconteceu um imprevisto, algo deu errado, e você foi pego de surpresa e seu possível compromisso foi cancelado, não fique de bobeira. Não fique à toa. Ou será que você esqueceu que mente vazia é oficina do Diabo? Ele vai tentá-lo! Portanto esteja sempre fazendo algo, de preferência honrando e glorificando a Deus. Ao ir e vir naquele terraço, o rei se depara com uma cena inusitada. Em uma das casas vizinhas ao palácio, ele viu uma mulher nua tomando banho. Imagino Davi saindo de cena para não acreditar no que seus olhos estavam vendo. Quando a gente se depara com cenas como essas, não é pecado. Pecado é dar uma voltinha no quarteirão para ver de novo. Foi exatamente o que ele fez. Sua mente girou até que ele voltasse a ver. A Bíblia classifica aquela mulher como mui formosa. Isso quer dizer: tinha o conjunto perfeito. Rosto e corpo belos. As modelos sabem o que é isso!  Agora, assessorado por um de seus servos ele pergunta a respeito dela. E ouve uma resposta completa. Nome: Bate-Seba. Filha de Eliã. Mulher de Urias, o hitita, um de seus soldados. Sua cabeça que já estava girando agora vira de vez. Ele pensou: os soldados de suas tropas estavam há vários dias em jornada militar. No mínimo ele interpretou que aquela senhora estava só e muito carente. Deu a ordem que a chamassem a sua presença.
Naquela tarde de insônia, o rei teve um relacionamento íntimo com a mulher do soldado. Se deitou com ela. Passados alguns dias, ela enviou ao rei a seguinte mensagem: Estou grávida! Não haveria nenhuma possibilidade de ser de seu marido. Afinal, eram dias de separação.
Ninguém ousaria mexer com a pretendente, namorada, noiva ou esposa de qualquer um dos soldados que estivessem nos campos de batalha defendendo o povo. “A Lei de Deus declarava réu o adúltero rei.” Patriarcas e Profetas p.771 – EGW  Diante de tal enrascada, Davi, rei de Israel, não estava ali por acaso. Era inteligente, e com uma saída de mestre, arquitetou um plano infalível. Chamou Urias à capital e quis saber de sua boca relato de como ia à guerra. Ao ouvir o relato do soldado ao qual ele nem prestou atenção, despediu aquele homem esperando que ele fosse para casa. O plano era tão infalível que para dar um clima no reencontro com a esposa Davi enviou um presente, uma espécie de cesta, dessas ofertadas em ocasiões especiais, imagino eu. De manhã fizeram o rei saber que Urias não tinha ido passar a noite em casa. Chamado à presença do rei, Urias tomou uma bronca... tamanha era a indignação do rei pela desfeita de seu soldado. Afinal, seu plano era infalível. Após uma noite com sua mulher o filho que ela esperava jamais seria dele, Davi. O fiel soldado disse: Se a Arca fica em tendas e meus colegas mais o comandante Joabe dormem ao ar livre, como posso eu ir pra casa, comer, beber e deitar com minha mulher? Nada disso sensibilizou o rei Davi. Ao se despedir daquele homem, prometeu liberá-lo no dia seguinte.
Enquanto o dia transcorria, o rei teve sua segunda idéia brilhante. Afinal era rei de Israel, não estava ali por acaso. Em um banquete oferecido ao soldado, Davi começou a desenvolver seu segundo plano infalível. Esse não tinha como dar errado. Se você estivesse em uma refeição especial com o presidente de seu país, será que ele tomaria o lugar do garçom ou do mordomo para ficar lhe servindo? Davi fez exatamente o que um rei esperava de seus serviçais. Ele mesmo se preocupou em servir Urias. Seu copo não ficava vazio um minuto sequer. Seu plano era nota 10. Ao embriagar aquele homem, pensou: Todo bêbado que se presta, no final da noite sempre acha o rumo de casa (e ainda acerta por a chave na porta). Certíssimo!!! Não. Se não fosse Urias ter se refugiado na guarita dos soldados da guarda real. Quando Davi soube de manhã que seu plano havia sido frustrado, ficou louco de raiva. Aí ele apelou.
Escreveu uma carta a Joabe e enviou pelo próprio Urias. Seu conteúdo era que Urias, o hitita, fosse colocado na linha de frente da batalha onde a peleja seria mais intensa, para que na primeira investida contra os inimigos, Urias fosse ferido e morto. Ao ser notificado da morte do soldado, parece que Davi respirou aliviado. Ao ponto de tomar para si como esposa Bate-Seba, ao findar o período de seu luto. Logo após nasce a criança, fruto de um pecado. O profeta Natã é enviado por Deus para mostrar o que o rei fez e dizer que seu pecado seria perdoado. Porém, a espada faria vitimas em sua casa, a criança não sobreviveria e suas mulheres lhes seriam tomadas. “A sentença de morte foi transferida de Davi à criança de seu pecado.” Patriarca e Profetas pp 775 De fato aconteceram todas as predições do Homem de Deus. O rei Davi reconheceu seus pecados perante o Senhor. Foi perdoado e Deus concedeu ao casal mais tarde um menino a quem chamou pelo nome de Salomão, que quer dizer pacífico.
Nas anotações da disciplina de Cristologia, ministrada pelo professor Edilson Valiante em sala de aula quando fiz o curso de Teologia, encontrei o que acontece conosco antes e durante o pecado.         
Alguns passos nos levam direto ao pecado:
1º) Atenção – É chamado pelos sentidos ou pela mente. Ex.: Davi viu uma mulher nua. Esta situação não é considerada pecado. Foi sem querer, aconteceu.
2º) Consideração – É uma reflexão instantânea. A mente se detém em ponderar sobre o pecado. Ex.: O rei pergunta: Quem é ela? Há um despertamento e também não é pecado. 
3º) Decisão – É uma atitude de aceitar, querer, consentir. Ex.: Enviou mensageiros que a trouxessem. Para esta situação já existe um desejo do ato pecaminoso.
4º) Planejamento – É a estruturação e a forma de como alcançar a atitude pecaminosa. Onde e como. Ex.: No palácio? Nos meus aposentos? Na casa dela? Para esse caso, você quer armar um esquema para pecar e não ser descoberto, ou seja, “se dar bem”.
5º) Ação – É a consumação do pecado em si. Ex.: Ele se deitou com ela. Aqui é o “pé na jaca”, diria um amigo meu, nordestino.
Jenniffer era uma menina de sete anos de idade. Ela queria a todo custo ter um rato. A garota pedia insistentemente ao seu pai que lhe desse o rato. Seu pai tentou fazê-la desistir dessa idéia. Dizia que ela podia ficar doente em contato com o animal. Podia ser mordida. Se essas coisas acontecessem, ela teria que ir para o hospital, tomaria injeção, comeria a comida do hospital, tomaria remédios amargos, ficaria longe de seu quarto e de sua família. Tudo isso seria horrível para ela e para seus pais.
Quando seu pai viajou a negócios, ela contou todo o seu dinheiro que havia economizado e comprou o rato. Agora sua vida era total felicidade. Em todo o lugar ela estava brincando com seu rato. Levava na mochila para escola. Quando fazia suas tarefas escolares em casa lá estava o rato brincando em sua escrivaninha. Na hora do banho também. Nas refeições o rato passeava entre os recipientes na mesa e comia migalhinhas ali. Sua vida era só alegria, porque podia brincar com seu rato. Em todo lugar ela estava com seu amiguinho
Enquanto Jeniffer estiver brincando com seu rato, ela desejará que seu pai volte? É claro que não! Muitas pessoas têm brincado com o pecado. Se esquecem que o pecado nos fere, nos faz mal. O pecado tem gosto amargo e dói como injeção. O pecado nos separa da família de Deus. O pecado nos causa prejuízos irreparáveis. Mesmo assim insistimos como criança teimosa em brincar com o pecado. E pior, achamos que estamos felizes. Enquanto estivermos brincando com o pecado, nós não vamos querer que nosso Pai celestial retorne. Por correr riscos de ficar longe de Deus, não vale à pena continuar brincando com o rato. Não mesmo!

Obs.: O nome Jeniffer é fictício. Qualquer semelhança é mera coincidência.



Sermão 3


OLHAR DO PERDÃO

INTRODUÇÃO

Quando que um amigo deixa de andar conosco? Será que sabemos os motivos pelos quais fizeram com que ele tomasse outros rumos? Geralmente sabemos o dia, a hora, as circunstâncias que nos levaram a nos aproximarmos daquele que um dia já figurou em nossa lista pessoal de amigos. Alguns, amigos do peito, outros da onça, outros das confissões, outros inseparáveis, outros distantes, outros virtuais, entre outros. A amizade é um sentimento fiel de afeição, simpatia e estima por outra pessoa. Quando alguém se vai da nossa lista, provavelmente deixamos de ter esses adjetivos que uma amizade requer.
Jesus deve ser o elo que nos une a outros seres humanos. Uma amizade com Jesus nos dá mais compreensão. Amizade com o próprio Jesus é tudo que precisamos para sermos felizes.

I – ELE ANDOU COM JESUS

O nome do discípulo mais conhecido de Jesus: Pedro. Em grego significa pedra ou rocha. Em Aramaico Cefas. Quando ele se mostrava fraco ou vacilante, Jesus o chamava de Simão. Acho que isso já aconteceu com você. A maioria de nós em casa é chamado por um apelido carinhoso, às vezes esse apelido é no diminutivo. Quando você comete um erro e sua mãe descobre... hummm, ela que sempre te chamou de Carlinhos por exemplo, e agora diz: Carlos Augusto dos Santos, venha cá. E não ia não para você vê o que aconteceria. Pedro era algumas vezes chamado de Simão. Seu pai se chamava João, sua mãe não é mencionada, seu irmão André e ambos tinham a profissão de pescador. Jesus o convida para ser seu seguidor no Mar da Galiléia. Na lista dos discípulos seu nome vem no topo. Tinha casa em Cafarnaum, onde sua esposa também não é mencionada, mais Jesus o Amigo de todas as horas cura sua sogra de um estado febril.
No ministério de Jesus Pedro se sobressai por seu espírito espontâneo e impulsivo. Um misto de inconveniente com “cara de pau”. Certa vez pede para ir ao encontro de Jesus sobre as águas. O Senhor permite. Após alguns poucos passos, percebe que sua fé é tão instantânea que logo começa a afundar. Uma das maiores confissões de um ser mortal nos evangelhos só podia vir dele. Quando Jesus pergunta a respeito de quem os discípulos achavam ser Ele. Pedro fecha as declarações dizendo: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo.” Mateus 16:16.  Em compensação, quando Jesus fala de seu sacrifício, sete versos depois (apenas sete) Pedro permite ser usado pelo Diabo, e Jesus diz: “arreda Satanás! Tu és para mim pedra de tropeço...” Mateus 16:23. De fato Pedro não só era discípulo de Jesus, como seu amigo também.
No empurra-empurra para se chegar à casa de Jairo, Jesus é tocado por uma mulher enferma e esta é curada imediatamente. Ao ser perguntado pelo Mestre quem O havia tocado, a resposta tinha que vir de quem? Pedro é claro! Senhor, a multidão te comprime e perguntas quem me tocou. Ao chegarem à casa do chefe da sinagoga, entraram na casa apenas os pais da menina, os discípulos Pedro, João e Tiago. Seis dias depois lá estavam os três novamente no monte da transfiguração. A alegria de Pedro era tão grande que ele queria montar tendas para os seres que eles estavam contemplando em visão. Ele realmente estava feliz que pensou ficar ali por vários dias ou foi “bobeira” mesmo pra falar a tolice que falou.
Em uma das passagens por Cafarnaum, teve seu imposto cobrado como cidadão comum, e o que fez ele? Passou a bola para Jesus. Jesus dá uma ordem a ele interessante. Um homem profissional de pescaria em grande escala (arrastão em redes), agora sai para fisgar apenas um peixe. Jesus foi claro: “Lança o anzol ao mar...” Mateus 17:27 Apenas um peixinho traria a resposta para uma questão legal, que segundo Pedro mais parecia um beco sem saída. Ele também devia ter umas coisinhas para resolver com alguém. Por seu temperamento, não seria nada difícil ele ter uma pendência. Jesus estava ensinando aos discípulos uma série de coisas relacionadas ao bom andamento das relações humanas. Pedro quer saber qual é o limite para se perdoar o irmão que errou. Sugeriu até que fosse sete vezes, pois tinha a paciência curtíssima. Esse é o tal pavio curto. Jesus respondeu: “Não só sete vezes, mas setenta vezes sete.” Mateus 18:22 Com uma calculadora Pedro chega à marca de quatrocentos e noventa vezes em perdão. Ele não ficaria com certeza contando quantas vezes havia perdoado quem lhe houvesse feito mal, mas aprendeu naquele dia que deveria ser longânimo igual Seu Mestre. Seu Amigo Jesus era ali, naqueles dias, a expressão viva do perdão.

II – AMIGO: DIZER X SER

Na noite que antecedia uma das festas mais importante para os judeus, Jesus convida seus discípulos para um jantar especial. Seria sua última refeição oficial com os doze reunidos como colaboradores diretos. Quando alguém era convidado para jantar, sabia que após uma jornada pelas estradas empoeiradas encontraria na casa do anfitrião um jarro com água, recipiente para por essa água, toalha limpa e um servo para auxiliar o convidado a se refrescar do percurso feito a pé até o local de refeição. Como Jesus era o Anfitrião, logo Ele deveria providenciar todo o aparato para receber seus discípulos. Quando chegaram para o jantar viram a bacia, o jarro com água e a toalha. Mas onde será que está o servo? Perguntavam-se olhando para um lado e para o outro. Não viram ninguém além dos próprios companheiros e Jesus. Os cochichos devem ter tomado conta daquele lugar. Para surpresa do grupo, olham para Jesus e Ele está tirando sua capa. Novamente devem ter se perguntado: Será que Ele vai se assentar sem antes fazer o asseio? Não pode ser, responde um deles! Pior, as cenas a seguir são muito fortes para o coração de um judeu. Eles depositaram confiança de que seu Mestre finalmente os libertaria do jugo romano. Agora eles vêem Jesus amarrando uma toalha na cintura, igual fazem os empregados. Que tipo de rei será este? Não conseguiam ver que estavam diante do Rei do Universo. Não viram que era Deus se agachando com um recipiente e água para ensinar à humanidade o maior ato de humildade. Começa o lava-pés. Um a um vão entregando os pés empoeirados para que Ele limpe. Na vez de Pedro, não podia ser diferente. Começa o show! Não, o Senhor não vai lavar não. Onde já se viu nosso Mestre curvado ao chão lavando meus pés. Se eles permitiram, eu não vou permitir. Jesus interrompe as tentativas de esquivas de Pedro e diz que se não lavar os pés ele não teria parte no reino. Agora, para ser um de seus homens de confiança ele quer lavar o corpo inteiro, porque havia imaginado reino terrestre e Jesus estava falando do reino celestial. Quem já lavou o corpo inteiro não precisa lavar de novo. Disse isso porque se referia ao batismo por imersão (o único que lava o corpo inteiro).
Durante o jantar, Jesus com um tom de despedida, voz baixa, explica-lhes o que está prestes a acontecer. Disse a Pedro que Satanás estava separando-o para seu time e explicou que Satanás disputava Pedro como um dos Seus. Nessa hora o discípulo impulsivo se inflama e batendo no peito. Imagino ter vendido lealdade, porque suas palavras foram que estaria com Jesus em toda e qualquer circunstância. Se as coisas saísse do controle ele estaria lá. Se alguém fugisse ele não arredaria o pé. Amigo que é amigo não deixa o outro na pior. Iria para prisão ou para a morte. Jesus olhou mansamente para aquele homem cheio de valentia e afirmou que ele não ia fazer nada do que estava afirmando. E ainda choraria. Ser desmascarado na frente de todo mundo, tudo bem. Mas ser chamado de chorão foi demais. Um camarada que se acha o tal, valentão... ser o chorão da turma era muita humilhação.

III – AMIGO PERDOA

Logo após, um momento especial de oração no Jardim do Getsemâni, Jesus foi entregue aos romanos sob a indicação de um beijo na face dada pelo traidor. Ao ser preso no início daquela fatídica madrugada, foi levado a casa do Sumo-Sacerdote Anás. Em seguida para outro Sumo-Sacerdote, Caifás, que era genro de Anás. Na grande sala de um julgamento com falsas testemunhas na casa de Caifás, algumas pessoas aguardavam do lado de fora para ver o que ia acontecer com Jesus. Entre essas pessoas está um de seus discípulos que reaparece após ter baixado a poeira. Depois de um princípio de tumulto lá no jardim do Getsemâni.  Quem seria ele? Acertou! Pedro. De longe, tentando acompanhar o desenrolar dos acontecimentos. A noite parecia ser bem fria porque a Bíblia menciona uma fogueira acesa pelos empregados na varanda da casa sacerdotal. Sem perceber que sua presença já era notada ali, à beira do fogo, começa a se esquentar com os demais. A claridade daquele fogo fez com que ele fosse reconhecido por uma empregada. E ela dizia que ele também estava com Jesus. Ele negou (1ª vez): “Mulher, não o conheço.” Indo para outro ponto na roda dos que se aqueciam ali, foi reconhecido novamente. Um homem disse que ele era um dos que andavam com Jesus. Ele negou (2ª vez): “Homem, não sou.” Aproximadamente uma hora depois foi reconhecido pela terceira vez. E a testemunha fala que Pedro era galileu* e andava sim com Jesus. Ele negou (3ª vez): “Homem, não entendo o que você fala.” Imediatamente o galo catou!
“Então, voltando-se o Senhor, fixou os olhos em Pedro, e Pedro se lembrou da palavra do Senhor,...” Lucas 22:61 (primeira parte). As janelas daquela época não eram como as de hoje, com grades, vidros escurecidos e espelhados, com persianas ou cortinas. Eram janelas abertas, no máximo com uma cortina. Sendo assim, permitia ver o que se passava lá dentro da sala de interrogatório. A Bíblia não fala porque nesse exato momento da
terceira negativa de Pedro Jesus vira-se em direção a janela que o traidor está. Nós temos a idéia que só Judas O traiu. Quer coisa pior que alguém jurar que estará em todas as circunstâncias com você, até na morte se fosse preciso e depois quando as coisas ficam feias essa pessoa pula fora? Só sei que o olhar do Senhor, no meio de muitos outros achou o de Pedro e fixou-se nele. Apenas a silhueta de um homem horrorizado com que tinha feito. Um rosto iluminado por uma fraca chama de fogueira. Aquele olhar trincou o corpo do valentão e estilhaçou seu coração. Foi o olhar do Perdão. Olhar de amor. Quando Jesus olhou para seu amigo preferiu considerá-lo como Pedro e não Simão Barjonas. Naquele olhar não tinha a vingança que muitas vezes sobe ao seu e ao meu coração. Qualquer um de nós passando por semelhante traição gritaríamos: Traidor, traidor! Eu não disse? Bem que eu avisei. Se alguém vacilar com você, apunhalando pelas costas ou pondo o pé para você cair, não passe por cima dele como um rolo compressor. Ele já estará quebrado, esmiuçado, ajude juntar os cacos para recompor sua dignidade.

*Um galileu tinha um sotaque muito forte. Era como se um baiano dissesse que era gaúcho, não tinha como negar.


CONCLUSÃO

Pedro andou um pouco mais de três anos com Jesus e era mais cego que Bartimeu. Ele percebeu quando o galo cantou que pra ser amigo você não precisa fazer questão de dizer em público. Amigo é perdão quando você erra; e há vezes que um erro vale mais que quatrocentos e noventa chances. Aí entra a bondade, a compreensão e o amor. Na mesma madrugada Jesus foi enviado a Pilatos. E sabendo que Herodes Antipas estava ali e não tendo no momento boas relações políticas, enviou Jesus para fazer uma média. Herodes que não era bobo sabia que a causa de Jesus era um “presente de grego”, devolveu o prisioneiro a Pilatos que o sentenciou à morte de cruz.
O Senhor deseja que reconheçamos por que caminhos temos andado.  O senhor deseja que melhoremos nossas relações humanas. Com seu olhar de ternura Ele nos mostrará que o segredo da felicidade é perdoar e ser perdoado. Se um dia você se sentiu injustiçado por alguém, traído por amigos. Volva-se para olhar de Jesus em sua direção. Ellen White diz: “O homem mais forte é aquele que, embora sensível aos maus tratos, ainda refreia a paixão e perdoa aos inimigos. Tais homens são verdadeiros heróis.” Se hoje você tem uma pendência com alguém, olhe para a janela e fixe os seus olhos nos olhos do Senhor. Acerte suas pendências com Jesus e corra para Seus braços de amor. Com certeza será melhor que sair daqui chorando amargamente. Venha! Ele espera por você.

Obs.: Carlos Augusto dos Santos: é um nome fictício, qualquer semelhança é mera coincidência. Pode se usar outro nome.

Versão Bíblica utilizada: Revista e Atualizada no Brasil – 2ª. Edição

Referência: Testemunhos Seletos, pp. 602, vol. I - EGW

Escrito por: Pr. Moisés Reis, em 14 de julho de 2009.




Sermão 2


A CAPA

Marcos 10:46-52

Quando cheguei a São Paulo, um dos meus primeiros setores de trabalho foi a padaria da fábrica de alimentos Superbom. Em uma bela manhã fui ironicamente recebido para gerenciar o local que mais se parecia com Rio de Janeiro, minha cidade natal. Era nada mais nada menos que a boca do forno. Entre os aplausos eu via no rosto daqueles homens a zombaria que faziam comigo. Porque a crença era de que os cariocas seriam vagabundos e que todos de certo eram iguais. Eu recebia uma fileira de doze formas, cada uma tinha três pães assados. Eu deveria pegar em cada mão uma forma, bater numa mesa para que um colega retirasse o pão e pusesse num carrinho para esfriar. A todo instante passava um pra rir da minha cara. Eu não lembro quantos graus fazia naquele “inferno”, mas era muito quente, eu suava literalmente a camisa e as pessoas não cansavam de perguntar: E aí carioca, está se sentido em casa? Tá muito calor aí no Rio? Será que vai dar praia hoje? Eu me sentia humilhado, mas não tinha pra quem reclamar. Quando eu queria ir ao banheiro, tinha que pedir ao forneiro para criar um espaço na fornada. Muitas vezes ele falava que não ia dar porque estávamos atrasados. Eu pensava por que e para que se sujeitar a tanta humilhação. Eu não podia desistir. Eu queria ser um pastor e para isso tinha que trabalhar pesado para alcançar meus objetivos e ter meu sonho realizado. Quando se deseja muito uma determinada coisa, é preciso transpor muitos obstáculos para se chegar lá.
Era uma manhã diferente. O sol alto clareava um dia que para muitos seria normal, dentro da rotina de afazeres. Jesus estava entrando em sua última semana antes de passar pela dor no calvário. Ia rumo a Jericó, o Espírito o conduzira ali para um   encontro histórico e um jantar na casa de um homem chamado Zaqueu. Junto ao portão de entrada da cidade, lá estava o velho e bom Bartimeu.
Bartimeu era cego e mendigo em Jericó. Sua história está relatada nos evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas. Particularmente gosto da narrativa em Marcos porque ele não é simplesmente um cego e mendigo, ele é Bartimeu filho de Timeu. Nos tempos Bíblicos as pessoas não tinham sobrenomes como nós temos. Elas eram identificadas pelo nome do pai como o caso de Bartimeu ou Davi filho de Jessé. Também há os que eram identificados por sua profissão como Simão, o cutidor (hospedou Pedro certa vez). E ainda há os identificados pelo lugar onde nasceram ou viveram a maior parte do tempo, como o caso de Jesus, o nazareno, (da cidade de Nazaré) ou, por exemplo, Saulo de Tarso. Talvez você não tenha nenhum motivo para querer usar o sobrenome de quem o gerou. Pode ser que você tenha sido abandonado na porta da casa de outra família, quem sabe deserdado, ou até mesmo expulso por aceitar Jesus como seu Salvador. Amigo, assuma agora sua nova identidade: Cristão. Sinta-se feliz em pertencer à família de Deus. No evangelho de Marcos, o cego recebe, portanto, uma identidade. Enquanto um evangelista diz que a história se dá quando Jesus saia da cidade, outro já diz que Jesus entrava na cidade. Prefiro ficar com a hipótese de que Ele e sua comitiva entravam na cidade. O cego estava sentado à beira do caminho enquanto esmolava. Parecia ser um dia comum. A verdade é que não havia nada agendado para o iminente tumulto.
Em Lucas 18:36 está relatado que o cego ouviu o tropel da multidão. Tropel significa marcha de muitas pessoas, de tropa a cavalo ou a pé. Uma multidão. Essa galera vinha em sua direção. O cego não sabia o que estava acontecendo, mais tinha noção de que era algo incomum para aquela hora do dia. Jesus estava com as multidões, e a Bíblia nunca menciona menos de cinco mil sem contar mulheres e crianças. Ao rodopiar de um lado para o outro ele tentava buscar explicações para o que poderia estar acontecendo. Penso que algum distraído passou naquele exato momento e sem dar muita importância com o agito, informou de forma desinteressada: É Jesus que vem logo ali. O que você faria se estivesse no meio do seu maior problema que a vida lhe guardou, e descobrisse que logo ali está Jesus? Eu não sei qual seria sua resposta! Essa informação nos ouvidos do cego soou como a música mais bela que já estivesse escutado em toda sua vida. Naquele instante seu corpo é tomado de um intenso calor, e ele começa suar. Suor de gente que está preocupado, suando frio. Sua boca ressecada, pernas trêmulas, coração disparado. Tomado pela emoção não “vê” outra coisa a fazer a não ser gritar. Talvez até como mecanismo de defesa, pois está preste a ser pisoteado pela massa que vem em sua direção. Seu grito como de um louco parece não encontrar eco. A multidão em volta de Jesus devia fazer muito barulho, mas ele grita: Jesus Filho de Davi tem misericórdia de mim. Diz a Bíblia que ele não era ouvido, por isso gritava cada vez mais: Filho de Davi tem misericórdia de mim. As pessoas que já estavam bem mais perto dele diziam-lhe que calasse a boca, pois estava incomodando o trajeto do Mestre. Uns lembravam que ele era mendigo e não seria ouvido. Cala boca! Fique quieto, você está atrapalhando. Jesus não ouvirá.
Você já ouviu uma loucura dessas? Um coração aflito clamar pelo Senhor e Ele se fazer de desentendido, não ouvindo suas súplicas ou prantos? Jamais!!! O meu Jesus é Mestre em parar e dar atenção aos desfavorecidos e discriminados por bajuladores. Ele parou para Maria de Magdala, Ele parou para Pedro lá na praia, Ele parou para Zaqueu, Ele parou para Nicodemos, Ele parou para a Samaritana, Ele parou para a viúva de Naim, Ele parou para Malco lá no Gtsemâni, Ele parou para as crianças, Ele parou por nós em meio à dor daqueles cravos lá na cruz, e ainda bem que Ele não parou quando ascendia aos céus. Naquele momento sendo chamado pelo Pai, Ele nos passou às mãos o passaporte da salvação. Em Jericó, Ele parou e falou aos seguidores: Chamai-o! E os que repudiavam aquele coitado disseram: Vamos, Ele te chama! O cego nem perguntou: Ele quem? Ele já sabia... Jesus estava chamando-o. O filho de Davi chamou e ele foi ao Seu encontro.
Em Marcos 10:50 lemos: “Lançando de si a capa, levantou-se de um salto e foi ter com Jesus.” (ARA) Quantas vezes você já ouviu, leu ou cantou esta história? Digamos que o cego tivesse algum bem material. Podemos classificar que Bartimeu possuía três bens: O primeiro seu recipiente de moedas. Claro, todo cego que se preza tem um recipiente para juntar as esmolas que ganha ao longo de um dia. Pode ser que aquele tivesse sido o melhor de todos os dias em esmolas recolhidas. Ele deixou tudo para trás. Não se lembrou das moedas que já havia ganhado. O segundo bem era sua capa. A capa era de um valor surpreendente. Não era de tecido especial, nem muito menos tinha herdado de parente. Aquela capa podia ser seu bem mais precioso. Muito mais que o recipiente com moedas. No calor forte da palestina ele poderia fazer uma cobertura, uma espécie de toldo para se proteger do sol. À noite quando a temperatura é baixíssima, ele só possuía sua capa para aquecer seu corpo exposto ao frio. Bem diferente de quem tem um bom cobertor, um chocolate quente ou a sopinha da mamãe nas noites de inverno. O terceiro era sua fé. Ele creu no invisível. Claro não via nada! Mais enxergava a linhagem daquele que era hostilizado pelo seu próprio povo. Ele tinha certeza da cura. Antes de ser chamado, Bartimeu tinha apenas três bens. Para ir até Jesus ele só podia levar um de seus bens, e ele escolheu exatamente a fé.
No diálogo com Jesus, o homem ainda estava envolto por uma densa escuridão. Contudo, a fé que possuía já vislumbrava a claridade da presença do Senhor. Nesse momento Bartimeu já via antes de voltar a enxergar. Jesus perguntou o que lhe era comum aos que sofriam e nEle buscavam libertação para suas aflições. Que queres que Eu te faça? Foi a primeira pergunta do Mestre. Se Jesus perguntasse isso para você hoje, agora, como reagiria? O que você pediria a Ele? Em uma dessas noites de quarta-feira, ouvi no culto de oração na igreja onde congregava, o pregador contar a seguinte história no momento de reflexão da palavra de Deus: Conta-se que certa vez Alexandre o grande quando era rei na Itália, instituiu o dia da misericórdia devido ao seu caráter de extrema bondade. Todos os anos vinham pessoas de diversas localidades para serem atendidas pelo rei. A fila de pedinte era imensa, pois muitos haviam aguardado o ano inteiro por aquele momento. Antes que o rei soubesse qual era o desejo da pessoa, o intérprete ouvia na fila o pedido e transmitia ao rei. Os pedidos eram os mais variados, tais como: um cavalo, sementes para plantio, uma vaca leiteira e até mesmo ferramentas. Cada vez que seu auxiliar chegava próximo ao trono e ele trazia o pedido e o rei ao ouvir dizia: “Pedido feito, pedido concedido.” Para todos esses casos sua bondade atendia aquela gente. Em um determinado momento o intérprete se demorava na fila e o rei foi ficando impaciente. É que na fila um cidadão pedia ao rei um palácio com um grande salão de festas para dar um jantar aos seus amigos e, este deveria ter aposentos que abrigasse seus amigos enquanto a festa durasse. Por fim, o homem pedia comida à vontade para os convidados. A demora do intérprete do rei era porque estava tentando negociar um pedido mais simples. Algo mais em conta. Alexandre não se agüentando mais, foi até a fila ver o que estava acontecendo. Ao chegar perto da fila e conferir a demora, seu auxiliar foi logo se explicando. Repetiu com certa timidez o pedido do homem e, este confirmou dizendo que ainda queria comida para seus convidados. O rei olhou bem para aquele homem na fila e disse em meio à tentativa de interrupção do seu intérprete: “Pedido feito, pedido concedido.” O rei completou dizendo: Estou atendendo o pedido deste homem porque foi o único que me fez sentir como um rei. Não fez qualquer pedido comum. Pediu aquilo que acreditava que um rei pudesse dar para ele.   
Batrimeu, não podia pedir qualquer coisa. Ele estava diante do filho de Deus. Por isso ele clama ao Senhor com voz embargada pela resposta: “Que eu torne a ver”. Com essa resposta consigo vislumbrar algumas coisas como: Estava definitivamente provado que Jesus tinha e tem poder, e Bartimeu não só sabia disso como cria nEle também. Jesus se sentiu como um rei. O pedido do cego foi pedido de quem sabia o que um rei podia fazer em sua vida. Aceitou de imediato o seu convite se colocando em prontidão para execução do milagre. Considero ainda que esse homem em algum  momento de sua vida enxergara e agora vivia na escuridão. Ele pede para tornar a ver. Ele estava prestes a deixar de ser cego e principalmente mendigo. Deixaria nos próximos instantes a vida de um agachado ou sentado à beira do caminho. Comer o pó das estradas de Jericó como um animal sem dono, nunca mais. Jesus deu a ordem de cura atribuída a sua fé e ele foi curado. Bartimeu voltou a ver!
Haverá uma manhã diferente na nossa vida, Jesus o Sol da justiça abrirá o céu para nos receber. Nós somos pecadores hoje, porém um dia glorificados estaremos juntos num jantar histórico. Nós somos Batimeus deste século, sofrendo rejeição, humilhados de todas as formas, largados pelo pecado à beira do caminho. Pessoas tentarão nos repreender, desestimular na hora de nossa maior prova. Tenho certeza de que assim como o cego de Jericó venceu, nós também iremos vencer. Jesus chama você e eu para uma vida vitoriosa em Seu poder. Quando Ele chamar pelo seu nome, venha! Não sei qual é a sua capa, mas se ela o impede de ir ter com Jesus, deixe tudo para trás e vá ao encontro daquele que é capaz de nos tirar das trevas e, nos trazer para sua maravilhosa luz. Eu não conheço ninguém que clame pelo Senhor e não receba dEle uma resposta. Esta é sua chance de gritar: Jesus tem misericórdia de mim!
No momento que aquele homem foi curado, o primeiro rosto que ele viu na sua frente foi o rosto de Jesus Cristo. A Bíblia diz que Bartimeu quando foi curado, ficou tão feliz que seguia Jesus estrada afora. Percebeu qual é o efeito de quem fica frente a frente com o rosto de Jesus? Seu coração vibra de tanta felicidade que você agora quer segui-lo por todas as partes. Nunca desista de sua fé e seus sonhos. Mesmo que você esteja na boca de um forno retirando pães. Noé teve motivos para desistir e não desistiu. Moisés com o povo no deserto também. Jesus teve todos os motivos para desistir e por amar a você e a mim suportou a morte na cruz. A cantora evangélica Regina Mota interpreta uma canção (letra e música) do maestro Jader Santos que diz: “Quando Jesus te chama e tu não véns pra onde vais, então?” Vem pra Jesus, não vale a pena abandonar os braços de amor do Pai. “Vem, vem pra Jesus. Agora é o momento não podes deixar pra depois. Vem pra Jesus!”.  Que esta seja também a canção da sua vida. A canção dos vitoriosos.



Sermão 1

A SAMARITANA
As duas mulheres de Samaria

João 4:1-42
Esboço
- Jesus e seus discípulos estavam a caminho da Judéia para Galiléia;
- Eles atravessavam o vale de Siquém, terras dos Samaritanos;
- Parou em Sicar porque estava cansado e procurava refrigério;
- Sentou-se junto ao poço de Jacó;
- Seus discípulos saíram para comprar alimentos;
- Eis que vem uma mulher com seu cântaro pegar água;
- Era próximo do meio-dia;
- Ela escondia-se das pessoas, provavelmente por problemas sociais;
- Jesus: homem, judeu, à luz do dia pede água a uma mulher samaritana;
- Judeus e Samaritanos não se dão (cão pestilento);
- O poço é fundo e Ele não tem com o que tirar água;
- Está cansado da viagem a pé, com sede... e diz: v. 13 e 14;
- Seu marido é chamado, ela diz não ter (ela NÃO era prostituta);
- Jesus dá uma aula sobre Adoração e se apresenta como Messias;
- Neste momento chegaram os discípulos com o alimento;
- A mulher deixou o cântaro e correu para chamar seus familiares, vizinhos e “amigos”;
- Ler v. 39 e 40 (comentar);

Corpo do Sermão
A caminho da Galiléia, Jesus que não tem preconceito, passa naquela viagem pelas terras dos samaritanos. Era meio dia e sol forte obrigou Jesus e seus discípulos fazerem uma parada estratégica. Não dava para continuar!
Seus discípulos o deixaram junto ao poço de Jacó e foram a cidade comprar alimentos. O Senhor Jesus esperava por um transeunte que pudesse atenuar sua fadiga provocada pela viagem a pé, oferecendo-lhe um pouco de água. Eis que no horizonte surge naquele calor de aproximadamente 50º. C a sombra a figura de uma mulher. À medida que se aproximava do poço Jesus já identificava perfeitamente aquela que poderia oferecer lhe água antes mesmo de encher seu cântaro. Na lida diária, cabia a mulher pegar água no poço. O estranho é que essa mulher pega água na hora em que todas as outras estavam se refugiando do sol escaldante. Meio dia não era hora de se pegar água. Mas, ela estava ali diante de Jesus com seu cântaro.
Uma mulher que vem ao poço meio dia buscar água, provavelmente tem problemas sociais. Seu relacionamento não é bom com os outros. Foge da presença e companhia das outras mulheres. Por algum motivo a samaritana pega água num horário incomum.
A samaritana trazia consigo o elemento fundamental para retirada de água no poço. O recipiente! Esse tipo de poço que passava por várias gerações, era cavado aproximadamente a uns 30 metros de profundidade. Encontrava-se então a superfície à 4 metros de profundidade. Com o recipiente amarrado em uma corda fina, mas resistente, içava-o com água e, esta era despejada no cântaro. Naquele momento, Jesus surpreendentemente lhe pede água. Ela responde com ar de quem está muito assustada: “Como podes..? sendo tu homem, judeu, a luz do dia pedir alguma coisa pra mim, mulher e samaritana???” O judeus não se davam com os samaritanos, não passavam em terras de samaritanos, não vendiam nem compravam de samaritanos. Não tocavam em coisas que os samaritanos houvessem tocado. Se tais coisas acontecessem, deveriam passar por rituais de purificação no templo.
O viajante estrangeiro está cansado, exausto e sedento. Ele pede: “por favor, um pouco de água mulher.” Mas, antes que água fosse servida, ele parece desprezar, desdenhar da água que a mulher vai lhe servir. Vejamos o capítulo 4, verso 13 e 14 (ler).  O homem cansado, exausto e sedento parece desdenhar água que a mulher vai servir. Ele não tinha com que pegar água, fala que vai beber, mas continuará tendo sede. O mais estranho é que no verso 14, ele menciona uma água que não dá sede e quem dela tomar pode se tornar uma fonte eternamente produtiva. Se você estivesse ali junto ao poço, você com certeza acharia a conversa daqueles dois muita esquisita. Poderia até concluir: “que papo de doido!”
A mulher quando ouviu dessa tal fonte, logo se acomodou melhor e disse: “Moço aonde encontro essa água aí? Eu não quero mais vir aqui no poço; ainda mais nesse horário.” Jesus percebendo que ela estava à vontade, pediu que chamasse seu marido. Assim falaria aos dois. A mulher baixou a cabeça cravando os olhos no chão, com muita vergonha respondeu: “Moço, eu não tenho marido não!!!” Jesus disse que ela já havia tido cinco relacionamentos e o homem com quem ela estava não era dela. Com essa revelação sua vergonha aumentou. Para fugir do grande constrangimento mudou de assunto rapidinho. Ela desconversou, saiu pela tangente. Pegou um atalho e Jesus seguiu com ela.
Por que Jesus permitiu que a samaritana desconversasse? Em gírias de ruas no Brasil, ela deu um “migué” no Senhor Jesus, e ele permitiu. Parece ter feito papel de bobo. Precisamos aprender com Jesus o que fazemos hoje com as pessoas, ele não fez com aquela mulher. A pessoa não quer falar de um assunto que muito lhe envergonha. Nós ficamos cutucando a pessoa; conta aí, fala aí; já to sabendo; pode falar... insistimos enquanto a pessoa está procurando um buraco pra desaparecer. Quando veio a tona um assunto extremamente constrangedor, ela mudou de assunto. Ele permitiu isso, porque dEle a única coisa que nos constrange é o seu AMOR. Jesus é ético. Se o assunto te envergonha, Ele te respeita. Jesus respeitou aquela mulher em período e lugar que mulher é muito hostilizada.
Ao dar um novo rumo na conversa, passou a falar de adoração. Jesus melhor do que ninguém sabe tudo sobre adoração. No desvio do assunto sobre o estado civil daquela samaritana, ela intensifica o desejo de ser feliz. Fala do Messias que viria para quebrar as barreiras culturais e religiosas. Fala do templo dos samaritanos e, o quanto almeja viver nos dias do tão esperado Messias, o Libertador.
Ao perceber Jesus que aquele coração estava amadurecido para receber a revelação que faria, “não se conteve” em dizer: “mulher o Messias que tu tanto espera sou Eu”. Como se umas escamas caíssem de seus olhos, ali, simultaneamente viu diante de si Seu Salvador. Pode então entender porque aquele estranho revelou coisas de sua vida particular. Entendeu como foi respeitada a despeito de ser mulher.
No momento em que Jesus se revela pra ela, algo sublime acontece: morre a samaritana pecadora que se escondia pegando água na hora do almoço. O Espírito Santo tomou conta da vida de uma mulher pecadora, e ela passou a ser nova criatura em Cristo Jesus. Nasceu uma mulher revigorada e transformada pelo poder do Espírito. Não teve palavras para dizer mais nada. Emudeceu-se; apenas por um instantate....
Quando os discípulos chegaram trazendo os alimentos que haviam comprados, Jesus estava conversando com a mulher. Eles nada falaram. Esperaram que Ele lhe dirigisse a palavra. E enquanto Jesus falava com seus discípulos a mulher sumiu da presença deles, desapareceu. Mas ela voltaria! Porque ninguém que fosse ao poço pegar água deixaria ali se cântaro ou suas vasilhas. Ela deixará tudo para anunciar o Salvador.
No capitulo quatro do evangelho de João, os versos 39 e 40 contam o que a mulher foi fazer quando saiu da presença do Senhor Jesus. Ela testemunhou a respeito do seu encontro com Jesus. Ouvindo suas declarações os vizinhos e familiares saíram ao encontro de Jesus. Ao confirmarem que era verdadeiro o relato da mulher, insistiram que Ele permanecesse um pouco mais. O verso quarenta diz que ficou ali com eles dois dias. Duas coisas nos chamam atenção: Primeira, não duvidaram do relato da mulher nem tão pouco cobraram seu passado. Claro, quem chamava para ver Jesus era uma nova mulher. Uma mulher transformada! Quando você recebe o Espírito Santo, você é renovado. O apóstolo Paulo escreveu: “logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim;...” Gálatas 2:20. Você e eu só seguimos quem acreditamos e confiamos. Os samaritanos acreditaram nela. A segunda coisa é que a parada que Jesus fez, deveria ser só instante para recobrar as forças físicas e logo continuarem a viagem. Os samaritanos agora pedem para um judeu permanecer com eles. Isto é incrível! Como judeus e samaritanos não se suportavam era inconcebível tal pedido. Os samaritanos davam muitos motivos para o aumento desse descontrolado preconceito. Quando Israel ia bem, eles se diziam parentes. Quando Israel ia mal, eles negavam o parentesco. Graças a Deus com Jesus não há preconceitos e Ele ficou ali por amor aos moradores daquele lugar. Independente da nacionalidade foram amados e recebidos por filiação na família de Deus. 

LIÇÕES PRÁTICAS PARA A VIDA

·         A samaritana que foi ao poço, não foi à mesma que chamou seus conhecidos.
·         Jesus não foi ao poço para beber água, ele foi oferecer água.
·         A samaritana foi buscar água e levou consigo a fonte.
·         Receba a salvação que Ele quer te dá.
·         Aceitou sua missiologia.
·         Adore a Deus aonde você estiver, sua fé aumentará.
·         Ela sabia o que era adoração.
·         Precisamos nos assentar com Jesus e gastar tempo com ele.
·         Precisamos aceitar a transformação que o Espírito Santo quer fazer.
·         Precisamos nos levantar e anunciar.
·         Você só vai atrás de quem acredita e confia.
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